Um dia serás minha...
. . . . . . .
Há mil anos que vivo a terra suprimindo.
Hei de romper-lhe a crosta e cavar-lhe as entranhas
Dentro de vagalhões penhascos submergindo,
Submergindo montanhas...
esta voz monstruosamente romântica, do mar, é a mesma voz de Geike, ou de Lapparent, e diz uma alta verdade de ciência diante do agente físico cujo destino lógico, pelo curso indefinido dos tempos, é o nivelamento da terra.
Também ao descrever-nos um recanto labiríntico de nossas matas,
Cem espécies formando a trama de uma sebe,
Atulhando o desvão de dous troncos; a plebe
Da floresta, oprimida e em perpétuo levante,
e mostrando-nos que
Acesa num furor de seiva transbordante
Toda essa multidão desgrenhada – fundida
Como a conflagração de cem tribos selvagens
Em batalha – a agitar cem formas de folhagens
Disputa-se o ar, o chão, o orvalho, o espaço, a vida,